
A negligência com o tratamento de esgoto no Brasil surge como uma questão crítica que transcende a esfera legal, impactando diretamente a saúde pública, a economia e o tecido social do país. O tratamento inadequado ou a ausência de coleta de esgoto têm se mostrado um fator determinante no aumento de doenças em diversas camadas da população, desde as periferias urbanas até condomínios residenciais.
Reginalva Mureb, presidente da Águas de São Francisco do Sul, lembra que o sistema de esgotamento sanitário está previsto como um direito fundamental na Lei do Saneamento Básico e alerta para as múltiplas formas de contaminação decorrentes da falta deste sistema. “O contato direto com esgoto a céu aberto, a utilização de água poluída e a exposição a urina e fezes, tanto de humanos quanto de animais, carregam um vasto leque de bactérias e vírus perigosos”, explica.
Números divulgados pelo Instituto Trata Brasil escancaram a dimensão do problema: cerca de 100 milhões de brasileiros vivem sem acesso à coleta de esgoto, e um alarmante percentual de apenas 49% do esgoto gerado em todo o território nacional recebe algum tipo de tratamento. Essa realidade coloca em risco a saúde de uma parcela significativa da população e impõe barreiras ao desenvolvimento sustentável.
Enquanto algumas consequências da falta de saneamento se manifestam a longo prazo, minando a qualidade de vida e a saúde das futuras gerações, outras apresentam efeitos imediatos, como surtos de doenças infecciosas e gastrointestinais. Essa urgência em solucionar o problema é reforçada pelos inúmeros benefícios que a expansão da rede de esgoto pode trazer.
Além da valorização imobiliária e do impulso econômico, o acesso universal ao saneamento básico promove avanços educacionais e, crucialmente, reduz a proliferação de doenças que ameaçam a saúde de toda a população. As crianças, especialmente na faixa etária de 0 a 5 anos, figuram como o grupo mais vulnerável, com estatísticas alarmantes de mortalidade associada à ausência de coleta e tratamento adequados de esgoto. A urgência em priorizar o saneamento básico se revela, portanto, um imperativo para a saúde e o futuro do Brasil.
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