Renato Gama Lobo relembra algumas propostas de governo que não deslancharam

Ao fim de seu governo, o atual prefeito em exercício de São Francisco do Sul, Renato Gama Lobo, avalia algumas propostas de governo que apresentou quatro anos atrás e que não viraram realidade. Foram vários temas, mas o Folha Babitonga selecionou apenas três deles: a implantação da Taxa de Proteção Ambiental (matéria já publicada nesta terça-feira (23/12), a construção do Centro de Eventos e a Criação da Guarda Municipal.

• Criação da Guarda Municipal

Logo que Renato assumiu a prefeitura de São Chico, em 2016, sentiu o que todos os prefeitos brasileiros sentiram: mais uma grande crise atingindo a economia nacional e o desafio de fazer uma gestão enxuta. A criação da Guarda Municipal estava em seu Plano de Governo e a guarnição ajudaria a cuidar do patrimônio municipal, prezando pela segurança dos munícipes e dos turistas, sobretudo durante a temporada.

Segundo Renato, observou-se que o Batalhão da Polícia Militar atendia muito bem as necessidades locais, dispensando a criação da Guarda Municipal, que demandaria alto investimento, tanto em equipamentos quanto treinamento, concurso público e salários. “Agora, com mais experiência, percebo claramente que o orçamento do município não tem condições de assimilar este custo. Além do mais, os recursos captados pelo convênio entre a PM e a prefeitura fizeram a criminalidade na cidade reduzir”, explica.

• Construção do Centro de Eventos

A construção de um local onde grandes e pequenos eventos pudessem ser realizados na cidade também era uma proposta destacada no Plano de Governo Renato Gama Lobo. Porém não saiu do papel pela mesma razão da Guarda Municipal: a falta de recursos. Quando perguntado se a prefeitura tentou financiamento, parceria público-privada ou outra fonte de dinheiro, Renato não respondeu. Apenas limitou-se a dizer que “Neste momento da história, o município não dispõe de receita para implantar este centro de eventos”.

O jornal Folha Babitonga também questionou Renato sobre o processo que o afastou da prefeitura em fevereiro deste ano. Na ocasião, a votação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu pela inelegibilidade dele e de seu vice, Walmor Berretta. A razão seria abuso de poder econômico durante a eleição de 2016, fato que o inocentou em junho, retornando ao mandato. Sobre este assunto, Renato Gama Lobo não quis se manifestar.