Opinião Emerson Souza Gomes: Vulcões de lama


As imagens de Petrópolis são aterradoras

A lama desce a ladeira; leva carros, casas, o que quer que seja… sepulta vítimas. Se não bastasse o mar de lama da corrupção, temos também vulcões [de lama]. Vulcões sazonais, não tão adormecidos, que a cada estação de chuvas expelem a lava lavada.

Uma noite de sábado

A tragédia não é privilégio dos fluminenses; estes vulcões estão espalhados pelo território contando as suas catástrofes ao longo de décadas; também por aqui, ou já esquecemos de uma noite de sábado no município de Ilhota e das mais de cem vítimas do Morro do Baú.

A coisa é viva

A geografia de Santa Catarina colabora para que fiquemos alertas. Então, a um morro, algo pacífico, tão atlântico de se ver por estas bandas, não se pode mais dar as costas em noite de tempestade. Sem alarmismo, matuto: “E São Francisco…”. Se algo acontece, algo deve ser feito. A coisa é viva: não se brinca à beira de um vulcão.

Caminhos e trilhas

O caminho é olhar de perto o morro e, geologicamente, a fundo, reputo. Outra trilha, é lembrar que a Mata Atlântica é feita de morros e de Mata Atlântica. Mais uma, avaliar e mapear riscos (quaisquer uns) é coisa que deve começar no café da manhã da administração pública.

Finalizando

Tanto quanto a Pedro…

… que as vítimas da tragédia de Petrópolis permaneçam vivas na história.

Emerson Souza Gomes
Blogueiro e advogado
www.cenajuridica.com.br